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terça-feira, 10 de abril de 2018

O Ser Humano Envelhecendo e a Engenharia - part 04

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O Ser Humano Envelhecendo e a Engenharia - part 03 20180409153554

O Ser Humano Envelhecendo e a Engenharia - part 02 20180409152446

O ser humano envelhecendo e a ENGENHARIA ´iniciando

domingo, 29 de março de 2015

Engenharia – o desafio da qualidade e a definição de custos e preços


O povo brasileiro ainda não digeriu tudo o que a Operação Lava Jato mostrou, um processo a partir de diligências e inquéritos que entrarão para a história nacional, pois seus executores estão exercendo com maestria e extrema competência suas atribuições profissionais.
De Brasília o Governo Federal e o Congresso Nacional procuram retomar a iniciativa, mas quem acredita?
Nesse maremoto após as marolas de alguns anos passados precisamos também repensar e refazer a legislação relativa ao exercício da Engenharia, procurando apontar equívocos e firulas de uma legislação que não mostrou bons resultados. Ao contrário, manipulada até acintosamente deve ter semeado projetos ruins e caros em todos os níveis de gerenciamento político nacional. Agregando maldades perdemos a cadência de ações que exigiriam compreensão de prioridades e atualidade, assim agora sentimos todo o peso de um período de estiagem, o agigantamento de cidades mal localizadas, sistema de transportes absurdamente dependente de uma indústria monomodal, saneamento básico e todos os serviços essenciais precários, apesar da abundância de recursos possíveis durante alguns anos.
Somos um país excessivamente concentrador de poderes em uma União incapaz de aplicar suas decisões de forma honesta e formada por estados dependentes de simpatias políticas, algo vergonhoso e ineficaz [1].
Nesse ambiente que canaliza nossas atenções para a área criminal e política devemos também lembrar a importância da Engenharia, ciência dita Exata e com instrumentos de análise e planejamento alheios a gostos e ambições rasteiras.
O que estaria errado (além do que todos sabem)?
O quadro institucional existente penaliza as empresas de porte médio ou pequeno em favor de grandes companhias, essas devidamente protegidas por bancas formidáveis de Advocacia.
Como viabilizar a boa Engenharia sem ter que suportar manipulações que impõem aos brasileiros preços extorsivos e inflados nos circuitos burocráticos de licitação, aprovação, aquisição, execução e operação de qualquer instalação, principalmente aquelas que afetam os serviços essenciais?
Além dos projetos de interesse estratégico, o que fazer para garantir a segurança de tudo o que precisamos para viver?
Temos normas técnicas, quem e de que jeito elas são aferidas em tudo o que se vende no Brasil?
Existem estruturas e profissionais necessários e suficientes para fiscalizar com severidade o que existe?
Que educação é transmitida aos nossos técnicos e engenheiros?
A aplicação de leis, decretos, regulamentos, estatutos, portarias etc. é discricionária[1]? Como evitar a má qualidade, os sobrepreços, a desonestidade?
Antes de mais nada é bom lembrar que a fobia legiferante { [2] , [3], [4]} é nociva ao país à medida que confunde e onera qualquer processo. A simplicidade é virtude e o fundamental é a identificação e punição de atos dolosos. O formalismo é instrumento de perversão na área técnica, extremamente dependente de pessoas e empresas com qualidades nem sempre comuns.
O exercício de qualquer profissão com brilhantismo é função de algo muito acima de diplomas e certificados e só especialistas e bons gerentes poderão dizer quem realmente é capaz. O ser humano é um conjunto fantástico de recursos físicos, sensoriais, intelectuais, culturais e morais, mas alguns têm qualidades excepcionais. Isso pode ser sentido em sua plenitude no exercício do esporte onde alguns se destacam. Quem desejaria formar seleções perdedoras? Os torcedores negam bons salários para seus craques? É isso que acontece quando escolhemos empresas a partir do menor custo, simplesmente criando processos licitatórios sem condições de valorização de bons profissionais, pior ainda quando tudo é feito como se esses cuidados acontecessem e somos enganados na formação das equipes e escolha de materiais, equipamentos, sistemas etc.
O desafio da boa Engenharia exige estratégias de contratação, fiscalização e competição saudáveis.
O povo brasileiro envelhece e a quantidade de pessoas com deficiência(s) em consequência de acidentes, doenças e envelhecimento cresce rapidamente. O que fazer para que a segurança prevaleça ao discurso fácil da redução de custos, simplesmente?
Cascaes
29.3.2015
[1]
J. C. Cascaes. [Online]. Available: http://o-irredento.blogspot.com.br/.
[2]
P. V. F. ROSA, “O Brasil precisa de mais leis?,” 21 01 2014. [Online]. Available: http://congressoemfoco.uol.com.br/legislacao/o-brasil-precisa-de-mais-leis/.
[3]
C. O. ALESSANDRA DUARTE, “Brasil faz 18 leis por dia, e a maioria vai para o lixo,” O Globo, 3 11 2011. [Online]. Available: http://oglobo.globo.com/politica/brasil-faz-18-leis-por-dia-a-maioria-vai-para-lixo-2873389.
[4]
J. Neitsch, “O país que não sabe fazer leis,” Gazeta do Povo, 31 5 2012. [Online]. Available: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/justica-direito/o-pais-que-nao-sabe-fazer-leis-1lrnvjcltldrtw8ajowe85jri.









[1] Discricionário é aquele ato pelo qual a Administração Pública de modo explícito ou implícito, pratica atos administrativos com liberdade de escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo. - http://www.dicionarioinformal.com.br/discricion%C3%A1rio/

sábado, 29 de março de 2014

Comissionamento, auditagem, fiscalização de grandes instalações a tomadinhas

Recebimento, certificação e auditagem de grandes instalações.
O trabalho de colocar em operação grandes instalações cresce em importância à medida que hidrelétricas gigantescas, ferrovias, metrôs, túneis etc. e prédios enormes são entregues a seus proprietários e usuários.
No Brasil, diante da fragilidade e lentidão absurda do Poder Judiciário, precisamos criar instrumentos que defendam a população sem a interferência de políticos e profissionais dos serviços regulares mantidos sob tutela de partidos e bases eleitorais, infelizmente desmoralizados ao extremo..
No mundo as seguradoras poderiam explorar melhor o espaço criado pela leniência de funcionários públicos, quando não pura e simples cooptação, para não usar adjetivos piores.
Os escândalos com alvarás e impostos em torno de grandes construtoras é assustador. O quê realmente produzem?
Mais ainda, a precariedade e falta de critérios rígidos de qualidade assustam desde as tomadinhas até os grandes equipamentos, tais como geradores de emergência e elevadores,  sem esquecer as instalações hidráulicas, elétricas, de segurança, portarias etc..
A omissão é grave e o Setor Elétrico é, infelizmente, um exemplo trágico da prioridade política sobre o atendimento correto à população (Ilumina - Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico). O governo não quer falar de racionamento, é hora de pensar em geradores a diesel ou gás, serão de boa qualidade, suas instalações e projetos permitem que existam entre nós? O povo sabe o que significa faltar energia elétrica? O tema pode ser de responsabilidade de pessoas mais preocupadas em vencer eleições?
E os acidentes que matam no varejo?
Por exemplo, lendo o livro [ (Freakonomics), (The Freakonomics Story)] descobrimos que nos EUA, onde a Justiça é severa e eficaz, em média quinhentas crianças morrem afogadas anualmente em piscinas. E no Brasil?
Em uma vistoria vimos nas áreas dedicadas a crianças a ausência de barreiras eficazes em torno dos tanques que denominamos “piscinas”. Além disso tomadas com espelhos de pressão facilmente removíveis foram usadas. . Uma tentação para as crianças mais levadas, pois é fácil tirar as tampas e enfiar os dedos e outras coisas na base das tomadas, ainda que mais seguras que antigamente, mas facilmente desmontáveis por “moleques” mais espertos.
Será que a segurança se limita ao que não se fez na Boate Kiss?
Ou seja, desde os projetos arquitetônicos, componentes de instalações, sistemas, projetos estruturais, para raios, detalhes de acessibilidade, delimitação de espaços, treinamento de pessoal operacional etc., tudo precisa evoluir diante do crescimento de cidades, sistemas, serviços essenciais e até na qualidade dos eletrodomésticos, não temos mais o direito à ignorância.
A mão de obra, quase sempre contratada pelo critério de “menor custo” piora. Eletricistas? Convivi com técnicos excelentes, inclusive meu pai, e agora, o que vemos?
Somos especialistas em burocracias, leis, decretos, normas, regulamentos fichários... Rituais e formalidades acontecem por todo lado e em tudo o que fazemos, e a qualidade de nossos serviços e de tudo o que compramos e usamos?
Participamos pessoalmente de serviços de auditoria técnica, inspeções, comissionamentos, avaliação de aparelhos, sistemas e grandes instalações, laboratórios e equipes de estudos. Na Copel conseguimos na década de oitenta formar boas equipes e aparelhá-las bem, e hoje?
As concessionárias caíram no jogo do “mercado”. O lucro é tão importante que até pagam participação de lucro entre funcionários, ou seja, os clientes devem ser tratados na perspectiva de quanto menos custarem melhor, afinal lucro é a diferença entre custos e receitas (Serviços Essenciais).
Se empresas que por lei deveriam ter a qualidade e a confiabilidade de seus serviços como prioridade, o que pode estar acontecendo com outras fora dessa classificação?
Os acidentes e a má qualidade são impressionantes; como está a manutenção dos aviões que passam por cima das nossas cabeças, por exemplo?
Sempre é bom lembrar a falsa segurança criada pelas plaquinhas e folhetos colados em tapumes, onde vemos inscrito a frase “inspecionado pelo CREA”, para ilustrar o que queremos dizer. Prefeituras fiscalizam? Têm bons quadros e equipamentos para isso? Os Conselhos corporativos estão sujeitos a que responsabilidades? Cartoriais?
As concessionárias reinam absolutas. As agências reguladoras são uma fantasia (sem recursos, como cumprirão suas atribuições?). O Poder judiciário apoia-se em “peritos mandrakes”, gente que por sua vez não é preparada integralmente para as suas funções, o que fazer?
O caminho é longo e imprevisível. Não estamos preparados para as responsabilidades cívicas e técnicas do mundo século 21.
Cascaes
29.3.2014
(s.d.). Fonte: Ilumina - Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico: http://www.ilumina.org.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Serviços Essenciais: http://servicos-essenciais.blogspot.com.br/
Freakonomics. (s.d.). Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2010/05/freakonomics.html
The Freakonomics Story. (s.d.). Fonte: Freakomics - The hidden side of everything: http://www.freakonomics.com/about/


domingo, 12 de maio de 2013

A Engenharia - última prioridade


Política e o ato de governar
Gore Vidal (Livros e Filmes Especiais) e até o filme Lincoln mostram o que significa governar um país que na prática é uma confederação de nações quase independentes, os Estados Unidos da América do Norte. A defesa da liberdade, igualdade e fraternidade, tão decantada em prosas e versos, é sempre relativa e tem limites definidos pelos poderosos.
Atuando entre gigantes, o ente político precisa de muita habilidade para conquistar, manter-se no Poder e agir de forma adequada.
Aliás, a grandeza de seres humanos que se destacaram na história da Humanidade está no espaço que garantiram para seus ideais mais justos e adequados ao povo que lideravam. Ninguém era perfeito.
A arte da política significa digerir e administrar vaidades e outros vícios a favor do povo, eventualmente (no Brasil). Principalmente quando o processo político depende de cabos eleitorais caros e campanhas bilionárias podemos crer que os vencedores deram a alma para seus patrocinadores (Cascaes, A favor da democracia no Brasil).
No Brasil vimos isso desde seu nascimento como país independente. Os mercadores de escravos e grandes fazendeiros, sempre dependentes da mão de obra servil e prolífica, mandaram e continuam determinando os destinos desta terra, agora com os sindicatos e cartéis bem diferentes.
O ser humano é o que é (Nietzsche) e ideologias, religiões, partidos políticos etc. (via de regra uma combinação disso tudo) são apenas disfarces de qualquer indivíduo para si próprios.
Nossa Presidenta, Sua. Excia Dilma Rousseff, na condição de poder e liderança que conquistou, mostra que todo grande ser humano tem enormes virtudes e grandes defeitos. O indivíduo medíocre carrega pequenas virtudes e pequenos defeitos, assim é a vida. Graças a seu espírito autoritário os brasileiros ganham um comando mais lúcido, menos sensível a ONGs e teses mal construídas. Tudo isso não impediu, contudo, o desastre de suas decisões na área energética (Ilumina - Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico), que, contudo, apenas dão sequência à privatização iniciada com a construção da nossa Constituição Federal.
Os constituintes de 1988 formaram um estado impossível, com excesso de concentração de poderes na União e artigos inúteis diante de nossa realidade.
A Democracia pode levar a desastres ou soluções. Muito depende dos grandes líderes que aparecem circunstancialmente na história de qualquer país.
Entre a mediocridade que viabilizou o nazismo, por exemplo, daí o holocausto (os livros de Hannah Arendt ilustram isso de forma magistral, em todos os sentidos (Arendt, 2007)), e a atuação de personalidades excepcionais como foi Winston Churchill durante a Segunda Guerra Mundial devemos entender que precisamos de governos adequados ao cenário político e social que enfrentamos, sem esquecer nunca que nada substitui a liberdade e o império da Justiça, daí a tremenda responsabilidade dos legisladores (eles são bons no Brasil)?
A história brasileira é trágica e milagrosa [ (1808), (Livros e Filmes Especiais), (Gomes, 1822 - Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo para dar errado., 2010)], daí os efeitos de poderes centrados absurdamente em Brasília e a dependência de outras instituições ao Governo Federal.
A coleção de obras sobre o Brasil mostrando causas e efeitos é imensa, considerando fatos recentes, contudo, são imperdíveis os livros [(Saga Brasileira), (Porno Política - paixões e taras na vida brasileira)] e as coleções sobre a vida privada e as denominadas “politicamente incorretas”.
E o Brasil século 21?
Estaremos navegando na marola, ou tempestades, tudo dependerá de quem será campeão da Copa do Mundo de 2014 e de acontecer ou não algum racionamento pesado de energia.
O Brasil precisa crescer, vamos rezar para que as usinas do Rio Madeira logo estejam conectadas ao Sistema Interligado Nacional.
E nossa Presidente, aos trancos e barrancos, vai descobrindo furos históricos. A situação dos portos marítimos nacionais é o resultado de uma história incrivelmente kafkiana. Dos “bagrinhos”, cotas de estivadores por carga e navio e horário restrito de trabalho de funcionários dentro e fora dos portos tem uma coleção de absurdos que afeta seriamente nossa competitividade.
A navegação de cabotagem, tão comum em qualquer país competente e tendo condições de usar rios, canais, mares e lagos, no Brasil minguou, quase não existe? Pode?
O transporte ferroviário foi sempre um fator de equívocos monumentais...
A aplicação radical da legislação ambiental, esdrúxula e vaga, parou o desenvolvimento de nossa infraestrutura e a absurda burocracia cria custos inúteis.
Onde estão os engenheiros e similares?
O Brasil cedeu poderes absurdos para entidades e corporações que legislam, decidem e até punem profissionais de Engenharia, Arquitetura, Urbanismo, Informática etc. que agora na neurose da “moralização” podem tudo, inclusive desclassificar concorrências cautelosas, feitas para evitar intromissões irresponsáveis.
A covardia ou o aparelhamento de nossas entidades de classe deu espaço a outras corporações, nem sempre bem intencionadas.
Isso é Brasil, até quando?



(s.d.). Fonte: Ilumina - Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico: http://www.ilumina.org.br/zpublisher/secoes/home.asp
Arendt, H. (2007). As Origens do Totalitarismo. (R. Raposo, Trad.) São Paulo: Companhia das Letras.
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: O irredento: http://o-irredento.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: A favor da democracia no Brasil: http://afavordademocracianbrasil.blogspot.com.br/
Gomes, L. (s.d.). 1808. Fonte: Livros e Filmes Especiais, Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2013/02/1808.html
Gomes, L. (2010). 1822 - Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo para dar errado. Rio de Janeiro: Nova Fronteira Participações S.A.
História da Vida Privada . (s.d.). Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2011/01/historia-da-vida-privada.html
Jabor, A. (s.d.). Porno Política - paixões e taras na vida brasileira. Objetiva.
Leitão, M. (s.d.). Saga Brasileira. Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2011/07/saga-brasileira.html
Nietzsche, F. (s.d.). Humano, Demasiado Humano (2 ed.). (A. C. Braga, Trad.) escala.


domingo, 7 de abril de 2013

Síndrome "Ponte sobre o Rio Kwai"


Síndrome[i] “Ponte sobre o Rio Kwai”
Da Wikipédia temos: “Síndrome, sm ou sf,[1] (palavra originada do grego antigo συνδρομή, συν+δρόμος significando "con+correr"), também chamado sindroma ou síndroma[2] ou ainda síndromo[3] é um conjunto de sinais e sintomas que define as manifestações clínicas de uma ou várias doenças, independentemente da etiologia que as diferencia.” 
Na Engenharia, Arquitetura e Urbanismo podemos ver algo semelhante a uma síndrome tão perniciosa quanto esta (Ponte sobre o Rio Kwai), talvez somada a outras endemias comportamentais que atrapalham a vida dos brasileiros..
Neste filme, entre outras coisas, vemos uma quase confraternização entre engenheiros e técnicos com seus captores (síndrome de Estocolmo?). Assim sentimos quando colegas de profissão vendem lealdades em prejuízo de suas profissões.
O conservadorismo técnico tem muito a ver com o que podemos aprender no filme (A Ponte do Rio Kwai). Prisioneiros de guerra em um campo de concentração japonês acabam querendo e fazendo uma ponte que os japoneses não conseguiam. Tinha como finalidade a passagem de trens carregados de soldados e armas do inimigo dos ingleses na Segunda Guerra Mundial. O comandante dos prisioneiros apaixonou-se pela obra que administrou e acabou morrendo em luta contra um comando aliado enviado para destruí-la. O filme é o retrato perfeito de muitas situações profissionais, quando funcionários acabam fazendo o que o chefe manda a contragosto, mas que o tempo tornará A OBRA OU SERVIÇO DE VALOR MIDIÁTICO. ASSIM, APÓS ALGUM TEMPO, QUEM DEVERIA DENUNCIAR OS EQUÍVOCOS PASSARÁ A DEFENDÊ-LOS, APAIXONADO PELO TRABALHO QUE COMANDOU.
Evidentemente não temos diploma nem registro em alguma corporação médica, psiquiátrica, psicológica ou qualquer coisa parecida que nos autorize a estabelecer conceitos comportamentais, mas é uma tentação irresistível observando o que chamam de preservar o passado justificando a sustentação de soluções agora facilmente percebidas como equivocadas.
Em Curitiba a teimosia em manter calçadas intransitáveis é até criminosa enquanto em alguns setores nacionais vemos o desastre da radicalização de conceitos neoliberais no setor energético, assim como o compadrismo político que herdamos sabe-se lá de quem e é uma avenida a favor da corrupção e nomeação de pessoas incompetentes.
O que sentimos é o desprezo da otimização sob critérios de Engenharia, Sociologia, Direitos Humanos e respeito ao povo. Esse comportamento é causa de desgraças e tragédias, para quê? Para dizer que imitamos bem a cidade de Lisboa?
Felizmente os engenheiros estão sendo acordados pela força da mídia, que não cansa de mostrar erros absurdos e até a irresponsabilidade de projetos eleitoreiros e caríssimos.
Somando tudo, demagogia, vontade de agradar turista que adora voltar para sua terra e sentir que somos atrasados, eles superiores a nós, e a má Engenharia encontramos um cenário desolador. Dependemos demais de novas gerações de profissionais, mais responsáveis e melhor preparados, o que incomoda é pensar em quanto tempo e quantas tragédias serão necessárias até que mudanças reais aconteçam, principalmente na valorização da boa Engenharia.

Cascaes
7.4.2013



[i] ...Os síndromes usualmente são denominados pelo nome do médico ou cientista que primeiro os descreveu (por exemplo Síndrome de Down). Outras vezes (mais raramente) recebe o nome do paciente no qual foi diagnosticado pela primeira vez, ou ainda em referência à poesia, geografia ou história, como o síndrome de Estocolmo, em referência ao assalto de Norrmalmstorg do Kreditbanken em Norrmalmstorg, Estocolmo de 23 a 28 de Agosto de 1973. (Wikipédia)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011