A evolução dos semicondutores para os chips (circuitos integrados) é uma das histórias de maior sucesso da tecnologia moderna, marcada pela miniaturização e aumento exponencial da capacidade de processamento.
Marcos Principais da Evolução
- O Transistor (1947): A jornada começou com a invenção do primeiro transistor pelos cientistas William Shockley, John Bardeen e Walter Brattain nos Laboratórios Bell. Esta invenção substituiu as volumosas e ineficientes válvulas de vácuo, permitindo a criação de dispositivos eletrônicos menores e mais confiáveis, como rádios portáteis e computadores de menor porte.
- O Circuito Integrado (1958): O passo crucial para o chip moderno foi dado em 1958, quando Jack Kilby, da Texas Instruments, criou o primeiro circuito integrado (CI). Ele demonstrou com sucesso a integração de vários componentes eletrônicos (transistores, resistores e capacitores) em uma única peça de material semicondutor (germânio).
- O Microchip Moderno (1959): Praticamente na mesma época, Robert Noyce, na Fairchild Semiconductor, desenvolveu um método aprimorado para a produção de circuitos integrados, utilizando silício em vez de germânio e um processo de fabricação mais eficaz. Esse método lançou as bases para o microchip moderno, e tanto Kilby quanto Noyce são considerados co-inventores.
- A Lei de Moore (1965): Gordon Moore, cofundador da Intel, formulou a famosa Lei de Moore, que previu que o número de transistores em um chip dobraria a cada dois anos. Essa previsão impulsionou a indústria a buscar constantemente a miniaturização e o aumento da densidade de componentes.
- O Microprocessador (1970/1971): A Intel produziu o primeiro microprocessador comercial, o Intel 4004. Um microprocessador é um circuito integrado em larga escala (LSI) que contém toda a unidade central de processamento (CPU) de um computador em um único chip, revolucionando a computação e possibilitando o surgimento dos computadores pessoais.
- Integração em Larga Escala (VLSI e ULSI): A busca por mais potência e menor tamanho levou ao desenvolvimento de circuitos integrados de integração em muito larga escala (VLSI) e ultra larga escala (ULSI), permitindo a inclusão de milhões e, posteriormente, bilhões de transistores em um único chip.
A evolução contínua dos semicondutores, de componentes individuais para sistemas completos em um chip (SoC), sustenta toda a era da informação, possibilitando os dispositivos eletrônicos modernos dos quais dependemos, como smartphones, computadores e sistemas de inteligência artificial.
































