sábado, 29 de março de 2014

Comissionamento, auditagem, fiscalização de grandes instalações a tomadinhas

Recebimento, certificação e auditagem de grandes instalações.
O trabalho de colocar em operação grandes instalações cresce em importância à medida que hidrelétricas gigantescas, ferrovias, metrôs, túneis etc. e prédios enormes são entregues a seus proprietários e usuários.
No Brasil, diante da fragilidade e lentidão absurda do Poder Judiciário, precisamos criar instrumentos que defendam a população sem a interferência de políticos e profissionais dos serviços regulares mantidos sob tutela de partidos e bases eleitorais, infelizmente desmoralizados ao extremo..
No mundo as seguradoras poderiam explorar melhor o espaço criado pela leniência de funcionários públicos, quando não pura e simples cooptação, para não usar adjetivos piores.
Os escândalos com alvarás e impostos em torno de grandes construtoras é assustador. O quê realmente produzem?
Mais ainda, a precariedade e falta de critérios rígidos de qualidade assustam desde as tomadinhas até os grandes equipamentos, tais como geradores de emergência e elevadores,  sem esquecer as instalações hidráulicas, elétricas, de segurança, portarias etc..
A omissão é grave e o Setor Elétrico é, infelizmente, um exemplo trágico da prioridade política sobre o atendimento correto à população (Ilumina - Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico). O governo não quer falar de racionamento, é hora de pensar em geradores a diesel ou gás, serão de boa qualidade, suas instalações e projetos permitem que existam entre nós? O povo sabe o que significa faltar energia elétrica? O tema pode ser de responsabilidade de pessoas mais preocupadas em vencer eleições?
E os acidentes que matam no varejo?
Por exemplo, lendo o livro [ (Freakonomics), (The Freakonomics Story)] descobrimos que nos EUA, onde a Justiça é severa e eficaz, em média quinhentas crianças morrem afogadas anualmente em piscinas. E no Brasil?
Em uma vistoria vimos nas áreas dedicadas a crianças a ausência de barreiras eficazes em torno dos tanques que denominamos “piscinas”. Além disso tomadas com espelhos de pressão facilmente removíveis foram usadas. . Uma tentação para as crianças mais levadas, pois é fácil tirar as tampas e enfiar os dedos e outras coisas na base das tomadas, ainda que mais seguras que antigamente, mas facilmente desmontáveis por “moleques” mais espertos.
Será que a segurança se limita ao que não se fez na Boate Kiss?
Ou seja, desde os projetos arquitetônicos, componentes de instalações, sistemas, projetos estruturais, para raios, detalhes de acessibilidade, delimitação de espaços, treinamento de pessoal operacional etc., tudo precisa evoluir diante do crescimento de cidades, sistemas, serviços essenciais e até na qualidade dos eletrodomésticos, não temos mais o direito à ignorância.
A mão de obra, quase sempre contratada pelo critério de “menor custo” piora. Eletricistas? Convivi com técnicos excelentes, inclusive meu pai, e agora, o que vemos?
Somos especialistas em burocracias, leis, decretos, normas, regulamentos fichários... Rituais e formalidades acontecem por todo lado e em tudo o que fazemos, e a qualidade de nossos serviços e de tudo o que compramos e usamos?
Participamos pessoalmente de serviços de auditoria técnica, inspeções, comissionamentos, avaliação de aparelhos, sistemas e grandes instalações, laboratórios e equipes de estudos. Na Copel conseguimos na década de oitenta formar boas equipes e aparelhá-las bem, e hoje?
As concessionárias caíram no jogo do “mercado”. O lucro é tão importante que até pagam participação de lucro entre funcionários, ou seja, os clientes devem ser tratados na perspectiva de quanto menos custarem melhor, afinal lucro é a diferença entre custos e receitas (Serviços Essenciais).
Se empresas que por lei deveriam ter a qualidade e a confiabilidade de seus serviços como prioridade, o que pode estar acontecendo com outras fora dessa classificação?
Os acidentes e a má qualidade são impressionantes; como está a manutenção dos aviões que passam por cima das nossas cabeças, por exemplo?
Sempre é bom lembrar a falsa segurança criada pelas plaquinhas e folhetos colados em tapumes, onde vemos inscrito a frase “inspecionado pelo CREA”, para ilustrar o que queremos dizer. Prefeituras fiscalizam? Têm bons quadros e equipamentos para isso? Os Conselhos corporativos estão sujeitos a que responsabilidades? Cartoriais?
As concessionárias reinam absolutas. As agências reguladoras são uma fantasia (sem recursos, como cumprirão suas atribuições?). O Poder judiciário apoia-se em “peritos mandrakes”, gente que por sua vez não é preparada integralmente para as suas funções, o que fazer?
O caminho é longo e imprevisível. Não estamos preparados para as responsabilidades cívicas e técnicas do mundo século 21.
Cascaes
29.3.2014
(s.d.). Fonte: Ilumina - Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico: http://www.ilumina.org.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Serviços Essenciais: http://servicos-essenciais.blogspot.com.br/
Freakonomics. (s.d.). Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2010/05/freakonomics.html
The Freakonomics Story. (s.d.). Fonte: Freakomics - The hidden side of everything: http://www.freakonomics.com/about/


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