Reabertura
do Bar do Instituto de Engenharia do Paraná
Qual é a
importância de um Instituto de Engenharia? Que apoio poderá dar ao nosso povo,
órfão e abandonado por aqueles que teriam como protegê-lo da demagogia ou pura
e simplesmente ignorantes da importância de bons projetos, empresas,
equipamentos instalações operadas da melhor maneira e otimizadas sob aspectos
que só bons engenheiros são capazes de entender?
O IEP, como
é conhecido o Instituto de Engenharia do Paraná, foi durante muito tempo o
local de encontro, confraternização e discussões até acaloradas sobre tudo o
que a Engenharia no Paraná tivesse algum sentido. Entre outros espaços, o bar o
Instituo era o local de excelência desta ágora, que reunia profissionais com
vocação para análises técnicas e políticas dos governos paranaenses assim como
da formação e funcionamento da infraestrutura técnica no Paraná e no Brasil.
Participamos
desse ritual democrático, onde aprendemos mais sobre o estado do que em muitas
bibliotecas poderíamos estudar. Um destaque, enquanto viveu, era sentar à mesa
onde o Professor, Escritor, Historiador, Engenheiro e Presidente do IEP durante
muitos anos, nosso saudoso líder Luiz Carlos Pereira Tourinho contava histórias
e descrevia obras e projetos com maestria; só ouvi-lo justificava a presença
durante horas naquele local, que também acolhia pessoas com personalidade forte
e opiniões singulares sobre tudo o que existia e acontecia no Paraná.
O Professor
Tourinho colocou o IEP em posição de destaque. Era uma personalidade valorizada
e respeitada pela firmeza de caráter e disposição para valorização da
Engenharia, sempre que o desafio se apresentava.
Ressentimo-nos
da perda dessa condição de respeitabilidade, aqui e em nível nacional. Por
diversas razões as profissões associadas às Ciências Exatas perderam espaço. Entramos
pelo funil do economicismo e das colocações acadêmicas e simplórias em torno do
exercício de profissões estratégicas e essenciais ao desenvolvimento do Brasil.
O desprezo
pela boa Engenharia, lastreado por leis mal regulamentadas e fiscalização de
péssima qualidade viabilizam acidentes e desvios técnicos inacreditáveis.
Diante de
tudo isso festejamos e saudamos a atual diretoria do IEP ao decidir abrir o bar
onde encontramos, por exemplo, o engenheiro Adelino Alves da Silva já com 98
anos de idade, lúcido e disposto a contar detalhes de sua vida. Com muito
orgulho passamos horas agradabilíssimas aprendendo detalhes da história do
Paraná que de outra forma seriam perdidos, melhor ainda, podendo filmar e
colocar em blog, youtube e facebook para conhecimento de todos o que foi um
momento tão valioso quanto esse.
Entre
aperitivos também tivemos condições de discutir sobre os desafios da atual
diretoria do IEP, num período em que talvez tenhamos enormes pesadelos, como, por
exemplo, a possibilidade de um racionamento de energia elétrica e a MP 579 [ (As
Incoerências da MP 579) , (MP 579 -
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 579, DE 11 DE SETEMBRO DE 2012.) ] extremamente
perigosa em seus efeitos em médio prazo.
Mais ainda,
o contencioso técnico administrativo é enorme. Precisamos de lideranças não
comprometidas politicamente e em condições de avaliar simplesmente a qualidade
técnica de tudo o que se decide e é feito. Essa é a nossa esperança com o
Engenheiro Cássio José Ribas Macedo na Presidência do IEP e sua equipe de diretores
e conselheiros.
Cascaes
6.4 2013
As Incoerências da MP 579. (s.d.). Fonte: ILUMINA:
http://www.ilumina.org.br/zpublisher/materias/Noticias_Comentadas.asp?id=19947
MP 579 - MEDIDA PROVISÓRIA Nº 579, DE 11 DE SETEMBRO
DE 2012. (s.d.). Fonte:
planalto.gov.br:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/mpv/579.htm
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