domingo, 12 de maio de 2013

A Engenharia - última prioridade


Política e o ato de governar
Gore Vidal (Livros e Filmes Especiais) e até o filme Lincoln mostram o que significa governar um país que na prática é uma confederação de nações quase independentes, os Estados Unidos da América do Norte. A defesa da liberdade, igualdade e fraternidade, tão decantada em prosas e versos, é sempre relativa e tem limites definidos pelos poderosos.
Atuando entre gigantes, o ente político precisa de muita habilidade para conquistar, manter-se no Poder e agir de forma adequada.
Aliás, a grandeza de seres humanos que se destacaram na história da Humanidade está no espaço que garantiram para seus ideais mais justos e adequados ao povo que lideravam. Ninguém era perfeito.
A arte da política significa digerir e administrar vaidades e outros vícios a favor do povo, eventualmente (no Brasil). Principalmente quando o processo político depende de cabos eleitorais caros e campanhas bilionárias podemos crer que os vencedores deram a alma para seus patrocinadores (Cascaes, A favor da democracia no Brasil).
No Brasil vimos isso desde seu nascimento como país independente. Os mercadores de escravos e grandes fazendeiros, sempre dependentes da mão de obra servil e prolífica, mandaram e continuam determinando os destinos desta terra, agora com os sindicatos e cartéis bem diferentes.
O ser humano é o que é (Nietzsche) e ideologias, religiões, partidos políticos etc. (via de regra uma combinação disso tudo) são apenas disfarces de qualquer indivíduo para si próprios.
Nossa Presidenta, Sua. Excia Dilma Rousseff, na condição de poder e liderança que conquistou, mostra que todo grande ser humano tem enormes virtudes e grandes defeitos. O indivíduo medíocre carrega pequenas virtudes e pequenos defeitos, assim é a vida. Graças a seu espírito autoritário os brasileiros ganham um comando mais lúcido, menos sensível a ONGs e teses mal construídas. Tudo isso não impediu, contudo, o desastre de suas decisões na área energética (Ilumina - Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico), que, contudo, apenas dão sequência à privatização iniciada com a construção da nossa Constituição Federal.
Os constituintes de 1988 formaram um estado impossível, com excesso de concentração de poderes na União e artigos inúteis diante de nossa realidade.
A Democracia pode levar a desastres ou soluções. Muito depende dos grandes líderes que aparecem circunstancialmente na história de qualquer país.
Entre a mediocridade que viabilizou o nazismo, por exemplo, daí o holocausto (os livros de Hannah Arendt ilustram isso de forma magistral, em todos os sentidos (Arendt, 2007)), e a atuação de personalidades excepcionais como foi Winston Churchill durante a Segunda Guerra Mundial devemos entender que precisamos de governos adequados ao cenário político e social que enfrentamos, sem esquecer nunca que nada substitui a liberdade e o império da Justiça, daí a tremenda responsabilidade dos legisladores (eles são bons no Brasil)?
A história brasileira é trágica e milagrosa [ (1808), (Livros e Filmes Especiais), (Gomes, 1822 - Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo para dar errado., 2010)], daí os efeitos de poderes centrados absurdamente em Brasília e a dependência de outras instituições ao Governo Federal.
A coleção de obras sobre o Brasil mostrando causas e efeitos é imensa, considerando fatos recentes, contudo, são imperdíveis os livros [(Saga Brasileira), (Porno Política - paixões e taras na vida brasileira)] e as coleções sobre a vida privada e as denominadas “politicamente incorretas”.
E o Brasil século 21?
Estaremos navegando na marola, ou tempestades, tudo dependerá de quem será campeão da Copa do Mundo de 2014 e de acontecer ou não algum racionamento pesado de energia.
O Brasil precisa crescer, vamos rezar para que as usinas do Rio Madeira logo estejam conectadas ao Sistema Interligado Nacional.
E nossa Presidente, aos trancos e barrancos, vai descobrindo furos históricos. A situação dos portos marítimos nacionais é o resultado de uma história incrivelmente kafkiana. Dos “bagrinhos”, cotas de estivadores por carga e navio e horário restrito de trabalho de funcionários dentro e fora dos portos tem uma coleção de absurdos que afeta seriamente nossa competitividade.
A navegação de cabotagem, tão comum em qualquer país competente e tendo condições de usar rios, canais, mares e lagos, no Brasil minguou, quase não existe? Pode?
O transporte ferroviário foi sempre um fator de equívocos monumentais...
A aplicação radical da legislação ambiental, esdrúxula e vaga, parou o desenvolvimento de nossa infraestrutura e a absurda burocracia cria custos inúteis.
Onde estão os engenheiros e similares?
O Brasil cedeu poderes absurdos para entidades e corporações que legislam, decidem e até punem profissionais de Engenharia, Arquitetura, Urbanismo, Informática etc. que agora na neurose da “moralização” podem tudo, inclusive desclassificar concorrências cautelosas, feitas para evitar intromissões irresponsáveis.
A covardia ou o aparelhamento de nossas entidades de classe deu espaço a outras corporações, nem sempre bem intencionadas.
Isso é Brasil, até quando?



(s.d.). Fonte: Ilumina - Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico: http://www.ilumina.org.br/zpublisher/secoes/home.asp
Arendt, H. (2007). As Origens do Totalitarismo. (R. Raposo, Trad.) São Paulo: Companhia das Letras.
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: O irredento: http://o-irredento.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: A favor da democracia no Brasil: http://afavordademocracianbrasil.blogspot.com.br/
Gomes, L. (s.d.). 1808. Fonte: Livros e Filmes Especiais, Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2013/02/1808.html
Gomes, L. (2010). 1822 - Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo para dar errado. Rio de Janeiro: Nova Fronteira Participações S.A.
História da Vida Privada . (s.d.). Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2011/01/historia-da-vida-privada.html
Jabor, A. (s.d.). Porno Política - paixões e taras na vida brasileira. Objetiva.
Leitão, M. (s.d.). Saga Brasileira. Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2011/07/saga-brasileira.html
Nietzsche, F. (s.d.). Humano, Demasiado Humano (2 ed.). (A. C. Braga, Trad.) escala.


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