terça-feira, 28 de abril de 2015

A importância da Engenharia de Segurança nas cidades


Temos uma excelente legislação sobre a Segurança no ambiente de trabalho, apesar das falhas em sua aplicação que mereceriam um estudo melhor. A quantidade absurda de acidentes e lesionados clama por ajustes urgentes (1). Precisamos de uma Operação Lava Jato na área de segurança do trabalho, talvez revelando detalhes mórbidos de mais uma característica de um Brasil que teve na escravidão africana seu grande instrumento de atuação econômica.
É só no Brasil? Os livros de nossos melhores romancistas, sociólogos, humanistas sul americanos, bons jornalistas e historiadores podem ilustrar e explicar o fenômeno “3 Américas”. E em outros continentes? A situação dos trabalhadores ilegais é algo absurdo e quase entendido como justa nos países mais “desenvolvidos”.
No Brasil, onde vivemos e (pessoalmente) queremos um processo de evolução real e Humanista[1], país formalista, burocrático e corporativo encontramos leis, decretos, normas, conselhos, associações etc. dedicados à Segurança, principalmente no ambiente de trabalho, lugar onde é fácil provocar ações e reações ao gosto e prazer dos fiscais.
Apesar de tudo sentimos um tremendo desprezo pela segurança[2] em geral, principalmente na vida comum em cidades ainda em desenvolvimento cultural e de civilidade, sem atenção a todos os seus cidadãos.
O potencial da insegurança, algo notável quando se fala em policiamento e criminalidade, é maior, muito maior se visto sob a ótica do cidadão mais crítico simplesmente caminhando, usando o transporte coletivo, ciclovias, etc. e querendo ter tranquilidade lembrando que filhos, netos, bisnetos, amigos e conhecidos ainda vivos estão sempre sujeitos a acidentes que poderiam ser evitados se nossos governantes e até o indivíduo mais simples respeitassem os direitos e limitações de todos que dependem de suas decisões e comportamentos.
Com certeza temos uma estrutura legal para proteger o cidadão e a cidadã, seja ele e ela pessoa idosa, com deficiência(s), criança e até atleta. O que falta? Funciona?
Na estrutura de fiscalização e cobrança de respeito às leis brasileiras [ (2), (3)] temos de tudo, o que pode estar falhando?
Vivendo em Curitiba ficamos surpresos com a amplitude das deficiências gerenciais da capital do Estado do Paraná [ (4), (5), (6), (7) etc.], seria exceção? Não, pois outros lugares desse imenso Brasil são até piores, mas vivemos aqui e assim queremos a evolução do lugar que escolhemos para trabalhar, ser o lugar do nascimento de nossos descendentes e onde criamos amizades extremamente valiosas.
Dizem que imagens valem mais do que inúmeras palavras e as redes sociais viabilizam protestos, elogios e outros tipos de comentários, análises, etc. (8).
Graças aos meios de comunicação mais modernos podemos mudar o mundo, se tivermos capacidade de mostrar coisas que realmente interessem a quem usa as redes sociais e outros sistemas de comunicação informais. Assim atrevemo-nos a mostrar em desespero de causa situações que nos comovem e outras que apaixonam. Em relação à segurança e “puxando a orelha” de lideranças dedicadas à Engenharia, Urbanismo, Medicina, Sociologia, Política etc. encarecemos atenção (ilustrando-as) para exemplos flagrantes de criação de situações de risco e acidentes até comuns em nossas cidades.
A inibição da ignorância ou desprezo pela vida alheia é o que desejamos e pedimos a quem possa fazer algo de relevante que nos ajude nessa luta, o cenário é assustador para quem entende.
Cascaes
25.4.2014

1. Dados Nacionais. TST - TRABALHO SEGURO . [Online] 2014. http://www.tst.jus.br/web/trabalhoseguro/dados-nacionais.
2. Neitsch, Joana. O país que não sabe fazer leis. [Online] Gazeta do Povo, 31 de 5 de 2012. http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/justica-direito/o-pais-que-nao-sabe-fazer-leis-1lrnvjcltldrtw8ajowe85jri.
3. ROSA, PEDRO VALLS FEU. O Brasil precisa de mais leis? Congresso em foco. [Online] 21 de 01 de 2014. http://congressoemfoco.uol.com.br/legislacao/o-brasil-precisa-de-mais-leis/.
4. Cascaes, João Carlos. Os idosos no Brasil e no Mundo Mostrar opiniões, estudos, reportagens e a situação do idoso no Brasil. [Online] http://cidadedopedestre.blogspot.com.br/.
5. cascaes, João Carlos. Tecnologia e pedestres. [Online] http://tecnologia-e-pedestres.blogspot.com.br/.
6. Cascaes, João Carlos. Cidade do Pedestre. [Online] http://cidadedopedestre.blogspot.com.br/.
7. Acessibilidade e o Arq Ricardo Mesquita. [Online] http://acessibilidade-e-o-arq-ricardo-mesqui.blogspot.com.br/.
8. Educação com Blogs - Youtube - livros digitais etc no mundo WEB Espaço para mostrar o potencial da WEB na Educação. [Online] http://comunidade-escola.blogspot.com.br/.




[1] Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Humanismo é a filosofia moral que coloca os humanos como principais, numa escala de importância. É uma perspectiva comum a uma grande variedade de posturas éticas que atribuem a maior importância à dignidade, aspirações e capacidades humanas, particularmente a racionalidade. Embora a palavra possa ter diversos sentidos, o significado filosófico essencial destaca-se por contraposição ao apelo ao sobrenatural ou a uma autoridade superior. Desde o século XIX, o humanismo tem sido associado ao Anticlericalismo herdado dos filósofos iluministas do século XVIII. O termo abrange religiões não teístas organizadas, o humanismo secular e uma postura de vida humanista.
[2] Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A engenharia de segurança estuda as causas e a prevenção de mortes acidentais ou lesões. Historicamente, a engenharia de segurança não foi uma disciplina específica e unificada. Profissionais com variados títulos, descrições de trabalho, responsabilidades e níveis hierárquicos têm atuado no campo de engenharia de segurança, tanto na indústria como nas companhias de seguro. Os profissionais de segurança têm desempenhado diversas funções como: o desenvolvimento de métodos, procedimentos e programas de controle de acidentes ou de perdas; a comunicação de acidentes; e a medição e avaliação  em geral, dos sistemas de controle de perdas e acidentes. Também cabe aos profissionais de segurança indicar as modificações necessárias para obter os melhores resultados na prevenção de acidentes.
Atualmente, a ênfase do trabalho da engenharia de segurança inclui: prevenção e antecipação de riscos potenciais; a mudança de conceitos legais referentes à responsabilidade por produtos e negligência em design ou produção, a proteção do consumidor e o desenvolvimento de legislações e controles nacionais e internacionais nas áreas de segurança e saúde ocupacionais, controles ambientais, segurança em transportes, segurança de produtos, e proteção do consumidor.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Onde erramos? Qual é a qualidade dos nossos profissionais?





Valorização Profissional – uma necessidade urgente
Temos cultura formalista, burocrática, gostamos de carimbos, títulos e diplomas; realmente podemos, temos capacidade para fazer com qualidade e confiabilidade o que dizem nossos diplomas, certificados, descrição de cargos, medalhas etc.?
Recentemente vimos um filme fantástico de posse da Aliança Francesa (minha esposa tem o direito de emprestar filmes e livros da AF) que tratava da construção das grandes catedrais francesas. Que aula de Engenharia e Arquitetura!
A História da Humanidade tem muitos exemplos de obras colossais, com destaque para a China que fez “milagres” há alguns milênios e o Egito de tirava do Rio Nilo o máximo que podia. Na Grécia Atenas foi um exemplo maravilhoso, não apenas para a Engenharia, Arquitetura, artes plásticas, mas também para a Filosofia. Cartago disputou com Roma o domínio do Mar Mediterrâneo e entre outras razões estava a tecnologia de construção de navios de guerra. Quando os romanos aprenderam souberam usar melhor o que os cartagineses desenvolveram, isso sem falar, talvez, de padrões melhores de tratamento de seus soldados e até escravos...; todas as estradas levavam à Roma, essa era uma expressão que só perdeu sentido quando essa cidade extraordinária sucumbiu à força de suas tropas (principalmente) e a conflitos e crenças revolucionárias, mas ineficazes.
Na antiguidade não existiam universidades, faculdades, escolas técnicas exceto algumas academias e liceus dedicados à Filosofia e ensino de artes místicas em lugares muito especiais.
No meio de povos mais avançados tínhamos as corporações de ofício.
O trabalho dessas muitas corporações e de mestres fenomenais, cujos nomes dificilmente aparecem com destaque aos olhos de turistas apressados, é de compreensão complexa e surge à luz de nossos dias aos poucos em serviços de especialistas, principalmente daqueles que procuram preservar testemunhos e obras de arte de nossos ancestrais.
E agora?
Nossas cidades são a demonstração material do conhecimento humano. Elas e moradores de prédios (arquivos de gente) podem dizer o que têm e a qualidade do que recebem, inclusive em lojas famosas quando trocam eletrodomésticos antigos por coisas modernas e feitas para clientes diferentes do que somos.
O que podemos dizer quando sentimos que estamos muito longe dos padrões que sentimos nos países mais desenvolvidos?
Continuamos importando maravilhas e instalando-as em ambientes onde até creches são insuficientes ou mitos distantes?
No Brasil temos um desafio colossal, viabilizar um bom padrão de educação e ensino em todos os níveis e atividades. Se existe algo a ser corrigido, aprimorado ou modificado radicalmente é a forma de produzir profissionais e cidadãos.
Precisamos urgentemente de bons projetos estratégicos (cidades, estados e União) de desenvolvimento para não ficarmos embasbacados vendo trens de altíssima velocidade disparando entre cidades, sistemas de comunicação que dependem da boa vontade de estrangeiros distantes para termos algo que preste, dependência de foguetes e satélites que não conseguimos colocar em órbita, médicos realmente sensíveis e competentes, hospitais dos quais não tenhamos que sair carregados com urgência, calçadas, ruas, parques, prédios, estádios, viadutos e trincheiras, etc. que não sejam mal feitos ou perigosos apesar de desproporcionalmente caros. Legislação? Nem laboratórios bem equipados temos para certificar o que é projetado e feito no Brasil. O que vale é reduzir tarifas e aumentar impostos e taxas, inclusive de cartórios em tempos de informática e automação.
Estudamos em São Paulo (cursinho), quando pudemos conviver com alunos do Instituto Tecnológico da Aeronáutica em 1963, que gênios! Ali aprendemos a importância de vestibulares e critérios de admissão severos. O resultado é visível. A EMBRAER é um bom exemplo desta base assim como boas escolas de Agronomia (que nos deram a EMBRAPA), Eletromecânica e Medicina viabilizaram profissionais excelentes que marcaram época e empresas brasileiras que tiraram o Brasil a partir da década de setenta de um atraso grotesco. E atualmente?
Caímos na armadilha de integrar e formar universidades e dar a essas coleções de escolas um sistema corporativo de formação de suas gerências, funcionou?
Impedimos a importação de professores e doutores, cristalizamos nossa ignorância.
Lutamos por planos de carreira onde o principal mérito é colecionar diplomas e certificados dados entre si e o tempo de “trabalho”.
Em nossa pátria dos carimbos hoje temos uma coleção de organizações para “defesa da profissão”. Isso é bom? A quem defendem? donos de diplomas?
Sabemos que a melhor demonstração de qualquer teoria é o resultado obtido.
Graças à Operação Lava Jato ficamos sabendo com detalhes do “modus operandi” de empreiteiras gigantescas, Petrobras, equipes gerenciais etc. no Brasil. Dolosamente estávamos(?) sob muitos critérios maldosos(?) de execução de obras. No mínimo poderíamos perguntar, o que teria sido da história da Humanidade se esse tipo de gente comandasse a construção dos impérios e obras da Antiguidade? Noé teria feito sua arca?

Cascaes
22.4.015